sexta-feira, 29 de abril de 2011

The Runaways



(Br: The Runaways – Garotas do Rock)


É um filme bom, bem bom. Faz uma reconstituição aparentemente muito fiel, dos poucos anos que durou a banda The Runaways, (1975 e 1979)
Quem mesmo?
Pois é. Este é o problema. A não ser para os seus fãs, e tirando o fato de que foi a primeira banda de rock formada apenas por mulheres (cinco garotas), The Runaways, que eu saiba, não tem qualquer importância na história do rock.
E a história da banda, a rigor, não tem lá grande interesse. Sexo, drogas & rock’n’roll, a mesma história de sempre: banda de sucesso instantâneo regada a muita, muita, droga e o fim da banda.
Eu nunca tinha ouvido falar em Cherie Currie, antes desse filme.
Tá bom, Joan Jett eu já tinha ouvido falar, claro! E não me parecia nada de mais; não chega a ser uma Chrissie Hynde (Pretenders), mas já tinha ouvido essa nome em algum lugar...
Ou o mundo está cheio de fãs de Joan Jett, ou sou eu que estou absolutamente por fora?
Parece que o problema é meu mesmo. Dando uma “goolgada” encontrei várias referencias a banda. The Runaways que foi a primeira banda só de mulheres a deixar uma impressão substancial no público por tocar um rock & roll alto, “puro”, à base de guitarras. Ok! Valeu garotas!

É preciso dizer que esta é uma filmobiografia autorizada.O interessante é que o fato de ser uma biografia autorizada, não fez do filme uma versão pasteurizada do que de fato aconteceu. Mesmo porque, se o muito sexo, muita drogas & rock’n’roll fossem tirados do roteiro, não sobraria história.
No fim é apenas um filme bom, bem bom.

Agrande contribuição da banda foi mesmo ter produzido um filme pra me mostra que  Kristen Stewart é uma boa atriz , é o texto de crepusculo que estraga tudo! Alem de ensinar o que é viver alucinadamente com Dakota Fanning, ex-atriz mirim que desde criança contracena com gênios da dramaturgia e continua excelente. Chupa essa Cherie Currie!


Eternal Sunshine of the Spotless Mind


(Br: Brilho eterno de uma mente sem lembranças)

“Feliz é a inocente vestal
Esquecendo-se do mundo e sendo por ele esquecida
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança”.

(Eloisa to Abelard - Alexander Pope)



Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças (ou Brilho Eterno para os íntimos), foge completamente dos filmes, que classifico como, Hollywoodianos. Também pudera o roteiro é de nada mais nada menos que de Kaufman, a mente mais insana, depois de Tarantino, que eu conheço!
O roteiro deslancha quando Joel (Jim Carrey) descobre que Clementine (Kate Winslet), sua ex-namorada, submeteu-se a um tratamento experimental para apagar da sua memória os momentos em que viveu ao seu lado. Ele, sentindo-se agredido, resolve fazer o mesmo. Porém, desiste de esquecê-la, ao tomar consciência de que a apagando de sua memória, apagará também uma parte de si mesmo. - Por isso a citação do poema acima, referenciado até no nome do filme - É então que se inicia uma saga dentro da mente de Joel para salvar Clementine do esquecimento, escondendo-a em momentos de sua vida em que ela não esteve. Como sua infância, por exemplo.

O poema de Pope (que parece ser uma epopéia de tão grande!) remete à idéia de que a única maneira de ser feliz é esquecer-se e tornar-se esquecido, pois somente na ausência de qualquer lembrança existe toda a graça. Falando de mentes imaculadas, corações resguardados, sentimentos ingênuos, os quais não são assombrados por sofrimentos de lembranças do que um dia foi e nunca mais será.
E esse gênio dos roteiros, consegue exprimir perfeitamente esse comportamento prepotente do ser humano, que é tentar recriar a própria memória para evitar a dor das lembranças.
Brilho Eterno de uma mente sem Lembranças, foi durante muito tempo meu filme favorito, justamente por isso: prepotência juvenil traduzida como imaturidade! Por que crescer dói pra burro! E ninguém quer sentir dor nenhuma, nem que para isso tenha que usar de subterfúgios fraudulentos rs!

Apesar da máxima “abençoados os que esquecem” – baseada em uma frase de Nietzsche – Sabemos que não há como abafar os ecos das relações ou circunstâncias que um dia vivemos. Santo Agostinho (sabendo disso) “A casa da alma é a memória.” Santa inspiração! Só hoje entendo o que Kaufman quis falar nesse filme e pode até soar como trocadinho, mas é a mais pura verdade, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças tornou-se para mim, uma lembrança de mim mesma.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

INCEPTION



Inception (br: A Origem)

Fui assistir Inception, com o pé atrás, afinal é do mesmo diretor de Batman – O Cavaleiro das Trevas (Christopher Nolan), filme que não aprecio muito por convicções políticas-idealistas-utópicas etc... contrárias.

Mas eis que...
Woow! Que filme é esse!
Que consegue levar a questão dos sonhos em um nível, ainda não explorados pelos roteiristas hollywoodianos e ainda fazer sucesso.
Matrix é um exemplo de filmes que levou esse conceito de “filme metavida” ao sucesso. O problema é que até hoje não consigo gostar de nenhum da trilogia :( 
Inception, porém conseguiu acertar em cheio meu coração por dar mais naturalidade a todas essas maluquices proferidas pelo gênero cyberpunk futurista que existe na literatura dos anos 80 (inspiração pra todos esses filmes) ao colocar um pouco de drama de romantismo no roteiro.
Alguns podem não gostar, tudo bem gosto é gosto, só não vai sair das salas de cinema, depois de dormir durante todo o filme (em fase de sono REM), dizendo: “Não gostei não! Filme louco sem pé nem cabeça!”.
A essas pessoas meu total desprezo ;P Fala com o Batman!
Inception não é um filme fácil, mas também não é um filme cabeça, vai!
O maior acerto de Christopher Nolan foi evitar ficar explicando demais os elementos do filme, apostando na inteligência da platéia, mesmo diante da sua, digamos, complexidade.
Mas e aí, tu que entendeu o filme, afinal, o pião gira ou não gira no fim? (teve quem me perguntasse.)
Pessoas isso foi feito para gerar mil e uma discussões. O final é aberto, nenhum dos dois é errado e tampouco correto.
Imaginem!?!
Pensem!?!
Só não viaja muito tá! Têm gente que anda de skate na maionese.
Li uma crítica que chega a ser meio engraçada, pois dizia que esse filme seria plágio de vários filmes, de "Blade Runner" (1982) a "2001 - Uma Odisséia no Espaço" (1968) passando até por um quadrinho do Tio Patinhas de 2002.
Outra dizia que Inception é o “sonho molhado de Carl Jung”.
Pelo pouquíssimo que entendo de psicologia, faz sentido, pois talismãs, símbolos, consciente, inconsciente, subconsciente, consciência coletiva, memórias, arquétipos
etc ... Estão por todo o filme. Mas como eu só li um livreto de Jung na vida. Deixo o Vitor (um quase psicólogo) discorrer sobre o assunto.


P.s.: Eu tenho o hábito de escrever meus sonhos. E tenho o sonho de ainda fazer um filme com eles!

P.ss.: Segue uns infográfico legais sobre o filme que achei na internet





sexta-feira, 15 de abril de 2011

Stallone Cobra




No fim de semana passado assisti ao clássico Stallone Cobra, não sei como ainda não tinha visto essa pérola do cinema de ação.
Sem dúvida é um dos melhores que já assisti, simplesmente não tem comparação, a cena do começo do filme que se passa em um supermercado, já humilha metade do cinema de ação. Porque filme de ação bom, é assim: um homem armado até os dentes, fazendo cara de mal enquanto mata mais de 50 bandidos por minuto e ainda tira onda com frases de efeito.E isso Stallone Cobra têm de melhor, afinal nada como chamar um bandido de cocô e depois dar uns tiros nele!


"Cretino..
você adora dar tiro... eu odeio gente assim..
você é um imaturo...
Você é um coco e eu vou matar você!"


“Vai fundo.
Eu não faço compra aqui.”
 (quando o assaltante ameaça explodir o supermercado)

 “Eu não ligo pros enlatados nem pras hortaliças, mas se você encostar um dedo sequer nos peixes eu mato você.
Seu doente.”

“Alás, se você tocar nas carnes vermelhas, eu também mato você.
Se pensar em tocar em algo, eu mato você.
Se respirar, eu mato você.
Cara, hoje não é seu dia de sorte.”

 “Sabe qual é o seu problema?
Você é muito violento.
Devem ser esses chicletes, esses sanduíches brabos que você come.
Come ameixa, que é uma coisa natural, come uva, passa...
Não gosta de peixe? Peixe é bom!”( ao colega de profissão, sim Cobra é um policial)

 “Eu queria ter um nome de durão.
Alguma coisa que me impusesse mais respeito como...
Alice...”

“Diga isso à família dele
(ao ser repreendido sobre porque matou o assaltante, cobra simplesmente levanta o lençol de um corpo dos reféns e fala essa frase)

“Com louco eu não negocio.
Eu mato.”



“Você é uma doença.
Eu sou a cura.”
(alguns podem achar essa frase nazista, e é mesmo! Mas dita por Cobra faz todo sentido)

"Aqui é onde a lei termina e eu começo."
(ao criminoso quando lembrado, pelo mesmo, que conforme a Lei Cobra têm que prende-lo e não matá-lo)