terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ZOMBIELAND

Um filme pipoca que com certeza vai ficar na minha memória no quesito: “filmes descompromissados”.  Que nunca se leva a sério.
Com humor negro, fantásticas seqüências sanguinárias com requintes de crueldade a parte. Tudo muito sádico. Não recomendo aos menores, pois as cenas com zumbis são fortes pra molecada que nasceu nos anos 90 e 00, ao demais aposto que vocês já viram coisa muito pior na sessão da tarde.
Diante do filme-de-zumbi, gênero bastante revisitado e conseqüentemente desgastado depois de A Noite dos Mortos-Vivos de 1968, Zombieland possui uma narrativa que se assemelha aos videogames com enredo que nunca desvia a atenção principal: MATAR ZUMBIS! A seqüência no parque de diversão é, pra mim, o ponto máximo. Como gostaria de ter um joystique nas mãos...
Contudo, tomo a liberdade de expressar minha opinião e dizer que Zombieland não nasceu de um videogame, mas poderia ter sido. Portando argumentos do tipo:
 “O filme tem um rítimo até bacana, mas se perde as vezes na repetitiva tarefa de detonar zumbis.”
Me fazem perguntar se essa pessoa assistiu ao mesmo filme que eu.
Pessoas! Zombieland é uma comédia de humor negro pura e simples, cujo único objetivo é fazer rir tirando sarro dos clichês do gênero.
O que me fez gostar ainda mais do longa, pois me fez lembrar da primeira vez em que joguei uma partida de RPG, em que a história era justamente essa: clichês de filmes de terror. Logo minha identificação com o protagonista Columbus foi imediata, afinal quem nunca elaborou suas próprias regras de sobrevivência em caso de infestação mundial por zumbis, que levante a mão. E olha que eu nem sou uma aficcionada por filmes de zumbis assim... E a idéia de jogar banco imobiliário com dinheiro de verdade e quebrar uma loja inteira de bugigangas de vidro me é mui convidativa também.

Não ficarei aqui, falando de atores ficha técnica e coisas do gênero dando uma de pesudo-cinéfila porque não sou e por não saber nada mesmo... Entretanto Abigail Breslin ( a eterna “Pequena Miss Sunshine”) continua muitíssimo fofa e boa atriz e  Bill Murray é impagável como “Bill Murray” maquiado como um monstro para que os zumbis o deixem em paz . E a piadinha sobre seu papel em Garfield é ótima, para quem tem sua cota de humor negro. E sangue,… muito sangue.
 Mas não é só de muito liquido vermelho que o enredo vive. Como toda garota romântica que sou, não pude deixar de enxergar a mensagem fofa e singela por trás do personagem principal Columbus, que inserido nessa nova realidade de zumbis, que domina melhor do que a sua própria vida, graças as infindáveis horas jogando no computador (afinal onde você acha que ele tirou sua checklist!) ainda encontra tempo pra perseguir seu sonho: Quer uma garota para afagar os cabelos e dar o ombro pra ela deitar como nos filmes mais românticos. Ah! O amor!
Afinal, dane-se a sociedade, a grande catástrofe de Zombieland é a de um garoto buscando o amor em meio a um mundo consumido por zumbis.